" Não há meia mentira, tampouco meia verdade e nem meia liberdade, pois não pode ser cortada, quem acha o rumo da aguada, não morre de sede a míngua, e quem fala meia língua, termina dizendo nada!" (Jayme Caetano Braun)

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Olhos Teus

Da série "Diário de uma futura pata" .. hehe

Bom, há umas duas semanas atrás, nasceu minha primeira parceria musical, com o meu colega Jarbas Xavier, ele me chamou e perguntou o que eu achava se ele fizesse uma letra, disse que achava legal, então ele fez, pediu algumas dicas para mim, e me deu para musicar...
Chegando em casa não estava com muita inspiração, pedi uma ajuda para o pai, Joca Martins, e a primeira parte foi feita, mas faltava o refrão... Na manhã seguinte, eu e o Jarbas fomos ao C.T.G Rancho Grande, pela manhã, e tomando mate com o violão em mãos, fiz o refrão e terminei a música...

Aí adiante vai a letra, depois pretendemos gravar ela, aí então vocês poderão conhecer o conjunto completo..


Olhos Teus

Entardecer de inverno, eu tão perto e tão distante do teu beijo
Na beira do fogo, sentindo o calor dos meus sonhos
Enquanto cevava mais um mate de agonia
Nas brasas estava escrito teu nome

E eu aqui pensando nas promessas que eu não cumpri
Quando fugi do teu amor, á procura das minhas ilusões
Te deixei me esperando na porteira da solidão
Saí atrás de uma vida que eu nunca tive

Agora fico aqui pensando no carinho que eu poderia ter, em teus braços
Eu sei que um dia irei voltar para o meu lugar, ao teu lado
Quando a vida permitir, irei voltar...
De novo para a mira dos olhos teus

                                         Jarbas Dias Xavier


Abraço e até mais !!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Inverno se aprochegando...










É gauchada, o inverno ta chegando, coisa bem boa.. tem estação mais gaúcha que o inverno ? Não né..
Vai aí uma música do Leonel Gomez que descreve bem isso...



Temporona Mañanera


"Fumaceia a boca da estufa
E remolimos no angico
Pinga a graxa do granito
Pra churrasquear a peonada
La maula,que madrugada
Se plantou por esses campos
E um suavezito vento manso
Vem levantando uma geada"


Um poncho de gola parda
Se descansa sobre os ombros
E os recaus se vão sentando
Nos lombos de pelo grosso
Manhã fria de céu osco
Nem o sol teve a coragem
De madrugar com esta aragem
Semblante jeito de agosto


Tem ganas de ser garoa
Essa manhã que chegou fria
A indiada ajeita a encilha
E pros arreios já alcança
Um laço de boa trança
De cinchar rês atolada
Pra aliviar duma coreada
Por vaqueano, um peão de estância


Manhazita fria de maio
Trouxe uma geada temporona
Com serviço pra cambona

Recostada ao transfogueiro
Chegou o inverno mais cedo
E um pelego preto estaqueado
Amanheceu atobianado
Lá debaixo do arvoredo


Neste garrão de Rio Grande
Passo um inverno atrás do outro
Sovando garras e potros
No largo das sesmarias
Nos galpões brasa e astilhas
Retovos de madrugada
E um mate de erva lavada
Pras manhãs de geada e encilha