" Não há meia mentira, tampouco meia verdade e nem meia liberdade, pois não pode ser cortada, quem acha o rumo da aguada, não morre de sede a míngua, e quem fala meia língua, termina dizendo nada!" (Jayme Caetano Braun)

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Pampa e Flor da Reculuta ..

Buenas.. eu e o pai temos nossa marca, e ficamos muito felizes em ver que a potranquinha que nasceu da minha égua (Campana Pitanga) é uma pinturinha, filha de JA Esquentado em mãe Campana Farrapo ! Vimos ambas no final de semana passado, que passamos com o Dado Centeno, grande pessoa, dono da propriedade a qual a égua e a potranquinha estão...
No domingo tinha rodeio por lá, vimos as ginetiadas e depois fomos para o CTG, saíram umas cantorias e tudo mais, no outro dia de manhã vimos a égua e sua cria, em seguida vão as fotos !

 

                                                     Cantorias no CTG !

                     





                                         Olha a torinha só com 2 mesinhos !


                                                  Metendo um leitinho né !


                                               Pampa e Flor da Reculuta !

                                                      Campana Pitanga !


                                              Se indo de volta pro campo !


Forte abraço e até mais !!

sábado, 11 de dezembro de 2010

Certa feita no Terra Nova...









Bueno.. tem que ser arriada e não ter o que fazer mesmo, mas é exatamente isso, somos arriadas e não tínhamos o que fazer, e o resultado foi este :





Hehehe... espero que gostem, forte abraço e até mais !

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Rodrigo y Gabriela !







Vocês já viram esses dois no violão ? Não ? Mas então não sabem o que estão perdendo !

Eles realmente fazem milagre com esses violões..
São um dueto musical de mexicanos, que ganharam reputação tocando em pubs.. em seguida vão fotos dos dois e um vídeo deles..



     
                                                      Rodrigo Sanchez


                                                   Gabriela Quintero






Espero que gostem.. forte abraço e até mais !

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Jayme Caetano Braun !











Payador, poeta e radialista, nasceu na Timbaúva, na época distrito de São Luiz Gonzaga, na Região das Missões no Rio Grande do Sul.
Durante a carreira fez inúmeras payadas, poemas e canções, sempre falando do Rio Grande do Sul, dos modos gaúchos, da vida campeira e da natureza local.
Trabalhou, publicando poemas, em jornais como O Interior e A noticia. Passou a dirigir o programa radiofônico Galpão de Estância em 1948, em São Luiz Gonzaga e em 1973 passa a participar do programa semanal Brasil Grande do Sul da Rádio Guaíba. Em Porto Alegre, o primeiro jornal a publicar seus poemas foi o A Hora, que dedicava toda a semana uma página em cores aos poemas dele.
Em 1945 começa a atuar na política, participando nos palanques de comício como payador. O poema O Petiço de São Borja, que foi publicado em revistas e jornais do país, fala de Getúlio Vargas. Participou das campanhas de Ruy Ramos, com o poema O Mouro do Alegrete, como era conhecido o político e parente de Jayme. Foi Ruy Ramos, também ligado ao tradicionalismo, que lançou Jayme como payador, no 1º Congresso de Tradicionalismo do Rio Grande do Sul, realizado em 1954 em Santa Maria.
Casou duas vezes,com Nilda Jardim em 1947 ,e em 1988 com Aurora de Souza Ramos. Teve três filhos, Marco Antônio e José Raimundo do primeiro casamento, e Cristiano do segundo.
Morreu de parada cardíaca, na capital gaúcha, no dia 8 de julho no ano de 1999, lá pelas 6h. O corpo foi velado no Palácio Piratini, e enterrado no cemitério João XXIII.



Buenas.. agora queria falar um pouco sobre as obras dele.. bom, não vai nascer nunca nenhum parecido com este gênio, mas queria falar sobre um verso que todos conhecem dele, e colocar uma payada que é uma verdadeira aula de história, pois realmente é a história do Rio Grande do Sul, não sei como consegue, é um gênio mesmo.. ah, e gostaria de acrescentar que a frase que está embaixo da foto no início do blog, é de autoria dele !

Os versos que quase todo mundo conhece, são do poema "Galpão Nativo", e são os seguintes :

" E se não houver campo aberto
   lá em cima quando eu me for,
   um galpão acolhedor
   de santa fé bem coberto,
   um pingo pastando perto,
   só de pensar me comovo,
  eu juro pelo meu povo,
  nem todo céu me segura, 
  retorno à velha planura
 pra ser gaúcho ... de novo !"

 




E a verdadeira história do Rio Grande é esta :

Payada

Raízes, tronco, ramagem... Ramagem, tronco, raiz...
Abriu-se uma cicatriz de onde brotei na paisagem...
O tempo me fez mensagem que os ventos pampas dirigem,
Dos anseios que me afligem de transplantar horizontes,
Buscando o rumor das fontes pra beber água na origem.

Sobre o lombo da distância, de paragem em paragem,
Fui repontando a mensagem de bárbara ressonância,
Fazendo pátria na infância porque precisei fazê-la,
E a Liberdade, sinuela, sempre foi a estrela guia
Que o meu olhar perseguia como quem busca uma estrela.

Pensei chegar alcançá-la, no estágio de índio rude,
Mas nunca na plenitude, porque essa deusa baguala
Que aos andejos embuçala, nunca ninguém alcançou,
Bisneto nem bisavô, nos entreveros mais brutos,
Labareda de minutos que o vento sempre apagou.

Primeiro era o campo aberto, descampado, sem divisas...
Com fronteiras imprecisas, mundo sem longe nem perto..
Eu era o índio liberto, barbaresco e peleador
Rei de mim mesmo, senhor da natureza selvagem,
A religião da coragem e o sol de bronze na cor

Um dia veio o jesuíta a este rincão do planeta
Vestindo a sotaina preta na catequese bendita
Foi mais do que uma visita à minha pampa morena
Bombeei por trás da melena, olhos nos olhos o irmão,
E gravei no coração a santa cruz de Lorena!

Mais tarde veio mais gente às minhas terras campeiras...
A falange das bandeiras, impiedosa e inclemente...
Me levantei de repente e as tribos se levantaram...
As várzeas se ensangüentaram, elas que eram verdejantes,
Mas eu venci os bandeirantes, que nunca mais retornaram!

E depois vieram os lusos, os negros, os castelhanos,
E nos pagos campejanos, novas normas, novos usos...
As violências e os abusos da Ibéria, Castela e Lácio
Que rasgaram o prefácio e mataram as plegárias
E as ânsias comunitárias dos irmãos de Santo Inácio.

Não pude deter a vaga de Andonega e Barbacena...
Se a História não os condena, a mancha nunca se apaga!
A opressão jamais indaga na sua ambição mesquinha,
Era meu tudo o que tinha, era meu tudo o que havia,
E eu morri porque dizia que aquela terra era minha!

Mas o eterno não morre, porque permaneço vivo...
No lampejo primitivo de cada fato que ocorre
O meu sangue rubro corre na velha raça gaudéria,
Corcoveando em cada artéria pela miscigenação
Na bárbara transfusão com os andarengos da Ibéria...

Fui sempre aquilo que sou, sou sempre aquilo que fui,
Porque a vida não dilui o que a mãe terra gerou...
Sou o brasedo que ficou e aceso permaneceu,
Sou o gaúcho que cresceu junto aos fortins de combate
E já estava tomando mate quando a pátria amanheceu!!

E assim, crescendo ao relento, criado longe do pai,
Junto ao mar doce - o Uruguai -, o rio do meu nascimento,
Soldado sem regimento no quartel da imensidade...
Um dia me meu vontade, deixei crescer toda a crina
E me amaciei com uma china que chamei de Liberdade!

Por mais de trezentos anos fui pastor e sentinela
Na linha verde e amarela, peleando com castelhanos,
Gravando com "los hermanos" a epopéia do fronteiro!
Poeta, cantor e guerreiro da América que nascia
Na bendita teimosia de continuar brasileiro!!!!

Com Bento em mil entreveros, em barbarescos ensaios...
Depois contra os paraguaios, em Humaitá e Toneleros
Andei em Monte Caseros, Paisandu, Peribebuí
Passo da Pátria, Avaí... longe do meu território...
E fui ordenança de Osório nos campos de Tuiuti

Depois, em Noventa e três, na gesta federalista,
A pátria a perder de vista, andei peleando outra vez...
Sem soldo no fim do mês porque pelear era lindo,
As espadas retinindo, chapéu batido na copa,
Como carneador de tropa nas forças de Gomercindo

Mais adiante, em Vinte e três, em Vinte e quatro de novo...
É o destino do meu povo que assim altivo se fez,
A marca da intrepidez deste velho território!
Ante o bárbaro ostensório dos lenços rubros e brancos
Acompanhei os arrancos do velho Flores, e Honório..
.
Chimangos e maragatos, farrapos, federalistas
Caminhadas e conquistas que a história guarda em seus fatos
Os tauras intemeratos de adaga e pistola à cinta...
Não há ninguém que desminta nossa estirpe de raiz
Que se adonou da matriz nas arrancadas de Trinta

Depois vesti a verde-oliva, como sempre voluntário,
No "cuerpo" expedicionário, formando uma comitiva
Da nossa indiada nativa pra responder um libelo
E o pendão verde-amarelo, no outro lado do mundo,
Cravei, bem firme e bem fundo, no velho Monte Castelo!

Hoje, tempo de mudar, meu coração continua
O mesmo tigre charrua das andanças do passado.
Sempre de pingo encilhado, bombeando pampa e coxilha...
A pátria é minha família! Não há Brasil sem Rio Grande
E nem tirano que mande na alma de um Farroupilha !

 Espero que gostem.. forte abraço e até mais !!
 
 

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O sábio do mate ..

Buenas.. me perdoem, faz um tempinho que não posto, já ta terminando o ano, e hoje e amanhã tem simulado, então estava estudando e um pouco sem tempo, mas vim postar ..

Seguinte, no post de hoje, vou falar sobre uma gravação ..
bom estávamos nós juntos, não tinhamos o que fazer, o que fizemos ? Gravamos a música  "O sábio do mate", por diversão mesmo, mas ficou bem bacana ..
Quem canta somos eu,  Juliana, meu pai e minha maninha..

Quem quiser ouvir, me adicionem no msn que eu mando,é que a xucra aqui não sabe como colocar no blog !

Ah.. e ofereço minha parte da música, minha voz no caso.. à minha mãe !

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

La fiesta !

Vocês já assistiram o Dvd "La Fiesta - Juntos de verdad" ? Para quem se agrada de um Folklore Argentino, é essencial !
É o seguinte, um show reunindo Soledad Pastorutti, Los nocheros e El Chaqueño Palavecino ! Bom, para quem conhece, já deu para ver que não tem como ser ruim, né ? Pois bem, eu recomendo ! A seguir vão o repertório do Dvd, fotos e o link de um vídeo !

1. Somos el pueblo
2. Mensaje de chacarera
3. Zamba de la toldería
4. De simoca
5. Puentecito de mi río
6. Vallecito
7. Cuequita del desengaño
8. Amor de los manzanares
9. Canción del adiós
10. Que hable con ella
11. Salta celta
12. El mensu
13. El coschero
14. El dedo en la llaga
15. La yapa
16. Punta Cayasta
17. Carpas de salta
18. Sembremos la chacarera
19. Don amancio
20. Que no daria
21. Que nadie sepa mi sufrir
22. Jamás
23. Entre a mi pago sin golpear
24. Llorando se fue
25. Amor salvaje
26. A don ata
27. Vuela una lagrima
28. El humahuaqueño
29. Fiesta del alma
30. Bonus Dvd : documental "La fiesta"








                                                       Soledad Pastorutti



El Chaqueño Palavecino



Los Nocheros ( Kike, Rubén, Mario y Alvaro)


                                                       La Sole y Alvaro


                                      
                                                       Juntos de verdad !



A seguir vai o video da abertura do espetáculo, que é a música Somos el pueblo , e vocês poderão encontrar também muitos outros vídeos deste espetáculo no youtube .. ou vejam o Dvd né ! Hehe  Forte abraço e até amanhã !                                       

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Alfredo Zitarrosa !

 Zitarrosa nasceu Alfredo Iribarne, filho de Jesusa Blanca Iribarne.. Em seguida que nasceu foi entregue para ser criado a Carlos Durán e sua esposa, desta forma o menino era conhecido como Alfredo "Poncho" Durán.Com eles frequentava a zona rural, e essas experiências que teve na infância sempre andaram com ele, pois são percebidas em seu repertório, onde os ritmos e canções tinha origem camponesa, principalmente as milongas.
Depois de um tempo, foi para Montevidéo,onde ficou pouco tempo, para viver com sua mãe biológica e seu marido, que se chamava Alfredo Nicolás Zitarrosa, que posteriormente lhe deu seu nome..
Ele trabalhou, entre outras coisas, como vendedor de móveis e planos de saúde, além de operador em uma loja, começou a carreira artística em 1954, no rádio, como apresentador, animador, roteirista, e ator de teatro. Foi também escritor, poeta e jornalista.
Em 1964 iniciava uma carreira que não seria mais interrompida, foi quando fez sua primeira apresentação como cantor profissional, ele relatou : "No tenía ni un peso, pero sí muchos amigos. Uno de ellos, César Durand, regenteaba una agencia de publicidad y por sorpresa me incluyó en un programa de TV, y me obligó a cantar. Canté dos temas y cobré 50 dólares. Fue una sorpresa para mí, que me permitió reunir algunos pesos..."
Passou a participar de programas em rádios, e sua apresentação no auditório do SODRE foi um impulso para ser convidado para o Festival de Cosquín de 1966, e posteriormente em 1985.
Desde o começo se estabeleceu como uma das maiores vozes da música popular latino-americana, e sua voz grave e o acompanhamento típico de violão se tornaram sua marca registrada.
 
A seguir vou colocar um texto recitado por Pepe Guerra em homanagem a Alfredo Zitarrosa, vocês podem encontrar no youtube e também em uma gravação de uma das músicas famosas de Zitarrosa, Stefanie, onde durante a música Pepe Guerra vai recitando o texto e quem o acompanha nos violões é "El cuarteto Zitarrosa".. espero que gostem ! Até amanhã ! Forte abraço !


" Si supieras con que cariño te llevavan.. davan ganas de morir tu muerte, para sentir por una vez esa carícia popular, la más sentida, espontanea.. Llevavan tu muerte allá delante, pues havian puesto de acuerdo sin más señas aquel dolor que los unía, cosa seria.. Era un río de gente silenciosa, yo te lo cuento para que lo sepas, vos que siempre te creías poca cosa.. Ese pueblo que te llevó esa tarde, vibra su batalla cada día, hasta entre su empleo trabajando, y él que lucha tanto con la vida, hoy deja su trabajo, sale de su casa, se sacude, para llevar tu muerte allá delante, de traje, corbata y bien peinado.. Y hoy, más serio que nunca, porque esas cosas suceden solamente una vez y a muy poquitos.. A varios días de tu muerte, sé que vas sereno, levitando.. Instalado para siempre en la memoria del pueblo que quiciste tanto.. Los humildes cantores deste pueblo humilde, te saludan con respecto, emocionados.. "

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Buenas..

Resolvi fazer um blog  para compartilhar o que penso..
A partir de agora vão encontrar aqui posts sobre música, literatura, sobre cavalos, sobre minha vida em geral, coisas que acontecem comigo, meus pensamentos, enfim.. espero que se agradem, e por enquanto é isso aí que tenho para falar sobre o que vai ser o blog.. 
Amanhã prometo o "primeiro post", que vai envolver música.. vai ser sobre um uruguaio simplesmente fantástico : Alfredo Zitarrosa ! 

Forte abraço !